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Período de mudança: 1987-1995

Se nos primeiros 18 anos de paróquia (1970-1987) tivemos apenas 2 párocos (Pe. Vendelino e Pe. Raul), no período de 1987 a 1995, tivemos muitas mudanças, com três diferentes párocos em apenas 8 anos.

Pe. Francisco Wloch consegue a doação do terreno para a Igreja do Kobrasol

Em agosto de 1987, tomava posse o 3º pároco de nossa história, Pe. Francisco de Assis Wloch. Natural de Itajaí e conhecido por todos como Pe. Chico, ele vinha de Garopaba, onde havia sido pároco por 11 anos. Curiosamente, ele já havia estado na paróquia, em 1973, como seminarista, trabalhando durante um final de semana com Monsenhor Vendelino, o 1º pároco. Em sua primeira celebração no Kobrasol, assumiu o compromisso de celebrar uma missa todos os domingos, às 17 horas.

Junto com as lideranças do Kobrasol, Pe. Chico deu continuidade ao trabalho iniciado por Monsenhor Vendelino e intensificado por Pe. Raul, na busca para conseguir a doação do terreno para a construção da igreja, fazendo visitas ao prefeito e um intenso trabalho junto aos vereadores. O trabalho deu resultado e o projeto de doação do terreno foi aprovado pela câmara de vereadores no dia 03/12/1987, com 10 votos a favor e 3 contrários, após duas horas e meia de sessão. No local onde hoje é a Igreja do Kobrasol, havia um hangar (garagem para aviões) desativado, usado na época em que o Aeroclube de Santa Catarina funcionava naquela região, cujo campo de pouso se tornou depois a Avenida Central.

Sua passagem pela paróquia também foi marcada pela organização das pastorais e pela elaboração do Plano Paroquial de Pastoral, que tinha um lema que ainda hoje serve para a paróquia: “Juntos Frutificaremos”, numa referência a necessidade de união entre as comunidades e as pastorais. Neste período aconteceu a primeira assembleia paroquial (05 a 07/01/1988) e a criação do Conselho Paroquial de Pastoral.

Novos movimentos surgiram na paróquia neste período: a Legião de Maria, fundada em Campinas, com o nome de Nossa Senhora Estrela da Manhã e a Pastoral Familiar, organizada por alguns casais da paróquia. Existiam três grupos jovens na paróquia: no Kobrasol, o grupo Ressurreição, pertencente ao Movimento Emaús, e em Campinas, o Grupo Missionário Nova Geração e o Grupo de Oração Corrente Divina, este ligado a Renovação Carismática que já funcionava em Campinas desde 1984.

Nas celebrações dos finais de semana, Pe. Chico contava com a ajuda do Pe. Henrique Cervi, conhecido pela rapidez de suas missas. Pe. Chico também teve ajuda de Dom Vito Schlickmann, ainda como padre, celebrando missas nos finais de semana, entre abril e agosto de 1988.

No final de 1988, Dom Afonso Niehues nomeou Pe. Chico para a Coordenação Pastoral da Arquidiocese, que teve que deixar a paróquia. A comunidade não gostou muito disto, pois Pe. Chico estava fazendo um ótimo trabalho. Deixou muitos amigos por aqui.

Pe. Vertolino lança a pedra fundamental da Igreja do Kobrasol

No lugar de Pe. Chico, assumiu a paróquia no dia 18/12/1988, Pe. Vertolino José Silveira, vindo de Biguaçu, onde era vigário paroquial. Junto com ele, assumia como vigário paroquial, Pe. Francisco Costa, que era pároco de Anitápolis.  A partir de abril do ano seguinte, a paróquia também contou com os serviços do Diácono Bertilo Horr, que permaneceu aqui até 1992.

Pe. Vertolino criou os Conselhos Locais de Pastoral – CLP (hoje chamados de Conselho de Pastoral da Comunidade – CPC), fechando o primeiro ciclo de organização pastoral de nossa paróquia, que havia começado em 1986, com Pe. Jair e revitalizado em 1987, com Pe. Chico.

A comunidade do Kobrasol, criada oficialmente em 1986, passava por um novo momento de sua organização pastoral, com a posse em abril de 1989 de seu primeiro CAEP (Conselho de Assuntos Econômicos), que substituiu a APROCIK (Associação Pró-Construção da Igreja Católica do Kobrasol), presidida por Melita Joenck. Uma das primeiras missões do CAEP, que teve Ademar Koerich como seu primeiro presidente, foi organizar a primeira Festa de São Francisco de Assis na comunidade, realizada em outubro de 1989. Em maio de 1990 aconteceu a primeira Festa de Santa Rita de Cássia e no final do ano, em 23/12/1990, Dom Afonso Niehues celebrou a missa de lançamento da Pedra Fundamental para construção da igreja do Kobrasol.

Neste mesmo ano, Pe. Vertolino recebeu o diagnóstico de um câncer na laringe e se submeteu a uma cirurgia, que lhe causou a perda da voz. Ele ficou afastado da paróquia por 5 meses, período no qual Pe. Chico Costa assumiu temporariamente a paróquia, sendo auxiliado pelo Pe. Vilmar Vicente. Pe. Vertolino voltou às atividades em outubro, conseguindo se comunicar com a voz esofágica, uma alternativa de comunicação para quem retira a laringe e perde a voz laríngea (produzida pela laringe).

O ano de 1991 começou com a posse de um novo vigário, Pe. Paulo Roberto Justino, recém-ordenado. Entretanto, ele ficou pouco tempo aqui, pois em abril, por motivos de saúde, foi transferido para Navegantes, vindo a falecer no final do ano. Em junho, os padres Vertolino e Francisco Costa também deixaram a paróquia. Pe. Chico Costa, falecido em 2002, foi transferido para Palhoça. Já Pe. Vertolino viajou para Itália para fazer um curso de especialização, vindo a falecer em 2006.

Pe. Gervásio e a primeira ordenação diaconal

O novo pároco, Pe. Gervásio Fuck, que vinha da paróquia Santa Catarina (Dom Joaquim), em Brusque, assumiu a paróquia no dia 15/06/1991. Durante seu período como pároco, procurou aumentar o entrosamento entre as comunidades. Em 1992, Pe. Gervásio contou com a ajuda do Pe. Severino Crimella, do PIME, para celebrar as missas dos finais de semana. Em outubro deste ano, a paróquia recebeu um novo vigário – Pe. Gregório Petry, mas que ficou aqui por apenas 4 meses, pois fora nomeado como pároco de Major Gercino. Em seu lugar, assumiu Pe. Raul de Souza, que havia sido nosso segundo pároco, entre os anos de 1980 e 1987.

Em abril de 1993, a paróquia teve sua primeira ordenação diaconal, quando o então seminarista Alcione Berkenbrock recebeu a ordem do diaconato, numa celebração muita festiva que ocorreu na Igreja Matriz. Sua ordenação sacerdotal ocorreu três meses depois, vindo a seguir a trabalhar na paróquia, dedicando-se a trabalhos pastorais na comunidade Chico Mendes.

Para a Pastoral Catequética o ano de 1992 ficou marcado pelo primeiro retiro paroquial de catequistas, que teve a participação de quase 100 catequistas. Ainda neste ano, quase 600 crianças, das quatro comunidades que integravam a paróquia nesta época, fizeram sua Primeira Eucaristia, o que possivelmente tenha sido um número que jamais tenha sido superado. Neste mesmo ano, com grande incentivo do Pe. Gervásio, era fundado o Apostolado da Oração da comunidade do Kobrasol, com cerca de 90 membros. No ano seguinte, Campinas sediou pela primeira vez um Encontro Geral do Apostolado da Oração, com a presença de mais de 4.000 pessoas. Neste período surgiram vários grupos de jovens na paróquia, como JAEF (Jovens Amigos, Esperança do Futuro), JUTAC (Jovens Unidos Testemunhando o Amor de Cristo), JUCA (Jovens Unidos a Caminho de Cristo) e Sopro de Vida, em Campinas, JUSC, no Kobrasol, Javé-Nisse, na Procasa e Novo Amanhecer e Nossa Senhora Aparecida, no Roçado.

No fim de 1995, Pe. Gervásio transferiu-se para a paróquia de Leoberto Leal.

Você sabia…

– que a capela São José (hoje capela Nossa Senhora Desatadora dos Nós) já foi utilizada como sala de velório?

– que os salões e as salas de catequese eram alugados para festas de casamentos e de aniversário, concorrendo com as atividades pastorais?

– que o Pe. Tarcísio Vieira participou como leigo de trabalhos pastorais em nossa paróquia, principalmente, tocando nas missas?

– que a paróquia já teve um movimento ligado à ecologia, chamado Grupo de Adolescentes Pró-Vida?

– que na visita do papa João Paulo II a Florianópolis, em 1991, Campinas foi o ponto de encontro de padres, diáconos e ministros da Eucaristia, de onde saiu uma caravana de mais de 30 ônibus em direção ao Aterro da Baía Sul, onde ocorreu a Missa Papal?

– que as grades que ainda hoje protegem a Igreja Matriz foram colocadas em 1995 pelo Pe. Gervásio?

– que o padre Sedemir foi catequista em Campinas e participou do grupo jovem JUTAC?