O recente aumento de imigrante e refugiados em Florianópolis e região tornou-se uma grande preocupação para a Arquidiocese de Florianópolis, no tocante de apresentar respostas adequadas ao atendimento das demandas trazidas por estas pessoas que buscam novas oportunidades de vida.
Diante desta realidade, em abril de 2014, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönk, scj, juntamente com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, a Pastoral do Migrante e a Ação Social Arquidiocesana, convidaram outras organizações da sociedade civil para uma reunião para debater a realidade dos imigrantes e refugiados em Florianópolis e região. Nesta reunião percebeu-se a necessidade de ter uma organização permanente para refletir e propor ações em favor dos imigrantes e refugiados, a qual deu origem ao Grupo de Apoio aos Imigrantes e Refugiados. Congrega mais de 15 instituições que atuam diretamente com migrações.
Neste período de um ano de existência, o grupo deu importantes passos para levar mais vida e dignidade aos imigrantes e refugiados, tanto do ponto de vista de uma articulação da rede de atendimento, quanto do ponto de vista de reflexões sobre essa realidade e propor políticas públicas adequadas para essas pessoas. Entre as ações realizadas, destacam-se a realização de uma audiência pública, painel sobre migrações em Santa Catarina e no Brasil, entre outras.
Haitiano relata os sonhos que o trouxeram ao Brasil
Este grupo se reúne todo mês, na sede da Cúria Metropolitana, em Florianópolis. A reunião de abril aconteceu na última terça-feira, 08. Na pauta, o fluxo do atendimento feito pelas instituições aos emigrantes, lançamento do blog “imigrafloripa.wordpress.com/info/” e a programação da Semana do Migrante que vai acontecer de 14 a 21 de junho, em Florianópolis.
Um dos presentes na ocasião, o haitiano Chery Clarens, 23 anos e há dois em Florianópolis, falou sobre a Associação “Kay Pa Noy”. Fundada por ele em 2013, tem o objetivo de dar atendimento aos haitianos com base na ação educativa e direito à cidadania do imigrante. Natural de Porto Príncipe, Chery conta que veio ao Brasil para cursar a faculdade de direito.
Em toda Arquidiocese de Florianópolis existem mais de dois mil imigrantes e refugiados, a maior parte, latino-americanoe haitiano.
Fonte: Arquidiocese de Florianópolis