Fotos: Valério Andrade
Sedemir Valmor de Melo foi ordenado padre no último sábado, 21, em Missa Solene presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck. A celebração aconteceu às 15h, no CEAR, em Governador Celso Ramos.
A Paróquia Santo Antônio convida você a conhecer um pouco sobre o mais novo padre da arquidiocese, através de uma entrevista realizada pela Pastoral da Comunicação de nossa comunidade.
Entrevista com Padre Sedemir Valmor de Melo
Pascom: Como foram seus primeiros passos na Igreja Católica?
Pe. Sedemir: Minha família sempre foi muito cristã e de práticas e participação na vida comunitária. Fui batizado antes de um mês de vida, e meus pais me levaram para todos os sacramentos, isso me aproximou muito de Deus e foi fundamental pra entender o chamado que Deus me fazia.
Pascom: Sobre o seu processo de conversão, como foi?
Pe. Sedemir: Na verdade assim, quando eu recebi a crisma, com 14 anos de idade, tive um período de distanciamento da igreja, ia a missa uma vez ou outra, mas depois de seis anos afastado, meu primo Maurício me chamou pra dar catequese com ele, eu aceitei e desde então, não sai mais. Fui assumindo trabalhos na Igreja, Catequese, Liturgia, Grupo de Jovens e o chamado foi sendo amadurecido ao longo dos anos.
Pascom: O que o motivou a discernir o chamado para a Vocação Sacerdotal?
Pe. Sedemir: Teve um fato marcante que foi a minha participação na Comunidade Católica Divino Oleiro, isso possibilitou uma série de experiências e uma decisiva, foi o período de quatro anos de missão no sertão baiano, lá, em uma região de poucos padres e muito território, cuidei de uma paróquia com 18 comunidades, todas muito distantes e discerni o chamado de Deus. O contato com aquela realidade, a força que a Palavra de Deus adquire e as possibilidades que o Amor Misericordioso do Senhor trazem as pessoas, dando dignidade, elevando o amor próprio e possibilitando um amadurecimento, me fizeram ouvir e dizer “Sim” ao chamado de Deus.
Pascom: Geralmente os novos padres recém ordenados são mais jovens. Como você avalia sua vocação?
Pe. Sedemir: Sim, eu sou aquilo que a Igreja chama de “vocação adulta “, quando eu decidi ir pro seminário já estava com 29 anos de idade, e já era Bacharel em Administração pela Universidade Federal, mas mesmo assim, eu fiz todo o caminho, me desliguei do emprego e fui morar no seminário com os meninos mais jovens, fiz toda a filosofia e teologia dentro do seminário, e isso foi muito positivo, porque a formação de um padre é muito mais complexa do que “apenas” a acadêmica, há toda uma formação espiritual, afetiva e comunitária, que só se adquiri no seminário. Foi um período muito bom e me ajudou muito.
Pascom: Como sua família e amigos receberam esta decisão?
Pe. Sedemir: Dentro de casa, em família, sempre recebi o apoio, meus pais e meus irmãos sempre me apoiaram e seguem apoiando e motivando, entre meus amigos houve os apoiaram e houve os que não entenderam, acharam loucura abandonar um bom emprego, “desperdiçar ” uma faculdade e ir preocupar-se com as coisas de Deus. Mas muitos amigos que não entendiam antes, hoje, depois de terem acompanhado um pouco das minhas experiências missionarias e dos meus trabalhos no anúncio do Evangelho, já mudaram de ideia e entendem a relevância do ministério ordenado e do serviço laico na Igreja.
Pascom: O que teria a dizer aos jovens que sentem este chamado e às famílias destes jovens?
Pe. Sedemir: Vão em frente jovens, assumam esse chamado, digam seu “sim” com coragem e ousadia, Deus chama e capacita. Essa é uma vida que faz sentido, a vida de quem serve, de quem se preocupa com os outros. Jovens, digam “Sim”! Pais, apoiem seus filhos, eles serão extremamente felizes e realizados. Vocação acertada, vida feliz!!!
Pascom: Agora como padre, celebrará missas e o momento ápice é a Consagração. Qual o seu sentimento referente a este momento? E ainda, sobre o seu primeiro atendimento de confissão?
Pe. Sedemir: São realmente os dois momentos ápices do ministério ordenado: A Consagração é quado você traz o céu à terra, e a confissão é quando você religa a terra ao céu, pela imensa misericórdia do Senhor. Isso assusta, pelo tamanho imensurável da responsabilidade, mas alegra, pela grande graça que podemos transmitir.
Pascom: Onde será sua atuação no início da Vida Sacerdotal?
Pe. Sedemir: Isso eu ainda não sei, eu faço parte da Comunidade Divino Oleiro, mas sendo ordenado e estarei a serviço da Igreja na Arquidiocese de Florianópolis, hoje eu colaboro na Paróquia do Divino Espirito Santo, em Camboriú e dirijo os trabalhos na Radio Divino Oleiro de Camboriú e na Radio Conceição, de Itajaí, mas estou a disposição do nosso Arcebispo, Dom Wilson.