Na quarta-feira, 17 de fevereiro, a Paróquia Santo Antônio celebrou, às 15h e 20h (Matriz) e 18h30 (Kobrasol), a Missa de Cinzas, que marca o início de um novo tempo na Igreja, a Quaresma.
A celebração na comunidade do Kobrasol foi presidida pelo Vigário Paroquial Padre Neri Hoffmann.
Na Santa Missa das 20h, na matriz, com transmissão online, o pároco Padre Revelino Seidler fala sobre o convite que recebemos para entramos no deserto neste tempo quaresmal, viver essa experiência do caminho e aproveitar cada momento deste período, porque esse é o tempo favorável. Fala ainda sobre os exercícios espirituais da Quaresma que devem nos preparar para celebrar a Páscoa do Nosso Senhor Jesus Cristo, mas de modo especial, para celebrarmos a nossa Páscoa, no final de nossas vidas, quando pretendemos ir para junto de Deus, para a Terra Prometida.
“É preciso vivenciar nestes quarenta dias o esforço de nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos impede de viver como filhos e filhas de Deus, que nos impede de vivermos como uma grande família. Desta força damos espaço para a presença de Deus em nossa vida. Assim fez Jesus, esvaziou-se de si mesmo a ponto de oferecer sua vida pela vontade de Deus e nos resgatar do pecado e da morte. Vamos todos caminhar e viver neste tempo o desapego, com olhar, mente e coração voltado Aquele que é essencial na nossa vida. ” Pe. Revelino
Fica então o convite anual da Santa Igreja, vamos percorrer esse caminho e nos renovar espiritualmente, fortalecer nossa fé e nos tornarmos ainda mais fieis no seguimento de Jesus Cristo.
A tradição de impor as cinzas
A tradição de impor a cinza é da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na cabeça e se apresentavam ante a comunidade com um “hábito penitencial” para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.
A Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos por volta do ano 400 d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma passou a impor as cinzas no início deste tempo.
A cinza é um símbolo. Sua função está descrita em um importante documento da Igreja, mais precisamente no artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia:
“O começo dos quarenta dias de penitência, no Rito romano, caracteriza-se pelo austero símbolo das Cinzas, que caracteriza a Liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Próprio dos antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica, o gesto de cobrir-se com cinza tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus. Este não era um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal. Deve-se ajudar os fiéis, que vão receber as Cinzas, para que aprendam o significado interior que este gesto tem, que abre a cada pessoa a conversão e ao esforço da renovação pascal”.
O simbolismo das cinzas e sua recordação
A palavra cinza, que provém do latim “cinis”, representa o produto da combustão de algo pelo fogo. Esta adotou desde muito cedo um sentido simbólico de morte, expiração, mas também de humildade e penitência.
A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” (Gn 2,7); “até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).
A imposição
Este ato acontece durante a Missa, depois da homilia, e está permitido que os leigos ajudem o sacerdote. As cinzas são impostas na fronte, em forma de cruz, enquanto o ministro pronuncia as palavras Bíblicas: “Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho”. (Fonte: Portal Kaíros)
Celebração Matriz Santo Antônio/Fotos: Giselle Pereira de Souza.
Celebração Com. São Francisco de Assis – Santa Rita de Cássia/Fotos: Laércio Esteves Cordeiro.